Ao completar três anos desde sua inauguração, o Bioparque Pantanal vem se consolidando como uma referência em conservação ambiental. Com o título de maior aquário de água doce do mundo, o complexo reafirma seu compromisso com a biodiversidade por meio de ações que aliam pesquisa, educação ambiental e sensibilização ambiental.
Entre essas iniciativas, destaca-se o projeto &39;Sementes da Memória&39;, uma exposição que une botânica, cultura e lembranças afetivas. Por meio de uma curadoria colorida e sensorial, o espaço convida os visitantes a uma verdadeira viagem no tempo com espécies que marcaram gerações, como ipê, jatobá e jacarandá. A ideia é simples e tem como objetivo despertar a conexão com a natureza e inspirar a preservação, hoje e no futuro.
Além da exposição, o projeto deu origem a materiais educativos, como o jogo da memória com aves brasileiras e um pião feito com a semente de marinheiro, atividades que encantam públicos de todas as idades e reforçam o aprendizado de forma lúdica.
Para o turista baiano Denis Uchôa, a visita foi uma experiência marcante. “Lembrei de lindas memórias de uma infância cercada por natureza e tantas frutas diferentes. O ouriço da castanha me trouxe a certeza de que as memórias nos acompanham. Parabéns ao projeto por conectar pessoas”, afirmou.
O técnico ambiental, Valmir Assis é quem tem contato direto com o público apresentando o espaço e as diferentes plantas que geram curiosidade. Ele explica que o objetivo central é resgatar a memória afetiva ligada às plantas nativas.
“Muita gente se emociona ao reconhecer uma árvore ou fruto da infância. Isso gera um vínculo que motiva a preservação”, conta. Segundo ele, o jatobá é um dos frutos que mais despertam esse sentimento entre os visitantes. “É incrível ver como pessoas de todas as regiões do Brasil têm lembranças ligadas ao jatobá, e sim, ele está presente aqui no Bioparque”.
Um exemplo inspirador vem do turista Herminio Almeida, do Rio de Janeiro, que mantém uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) chamada Gotas Azuis, dedicada ao reflorestamento. Encantado com a visita ao Bioparque, ele destacou o impacto do projeto.
“A interação com o Espaço Sementes da Memória reforçou em mim o orgulho de ter criado a reserva. É gratificante colaborar para um ambiente mais saudável. Parabenizo todos os envolvidos, pois sei o quanto esse trabalho é importante para a sociedade”.
A influência do projeto também chegou ao Paraná. O agricultor Luis Ghis, morador da zona rural de Cascavel, visitou o Bioparque em 2023 e saiu com uma nova motivação: ampliar o plantio de mudas em seu sítio.
“Sempre gostei de plantas e conhecia os biomas brasileiros, mas a visita e a explicação sobre o Cerrado me inspiraram a diversificar ainda mais a vegetação em casa”, contou.
Para a diretora-geral do Bioparque Pantanal e também idealizadora do projeto Sementes da Memória, Maria Fernanda Balestieri, o sucesso do projeto reflete o papel do espaço como agente transformador.
“O projeto é composto por um acervo que representa a flora sul-mato-grossense e de outros biomas, onde buscamos, por meio de registros de memórias afetivas construídas por estímulos gastronómicos, olfativos, táteis e visuais do passado, despertar sentimentos e prazeres presentes na memória que remetam à infância e à construção da identidade dos visitantes do Bioparque Pantanal”.
› FONTE: Comunicação Bioparque Pantanal