Pedro Luiz Ribeiro Ruano diz não saber motivo da investigação e afirma que valor era da cunhada
Durante a operação realizada nesta quarta-feira (1º) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), policiais encontraram R$ 35,2 mil na casa do empresário Pedro Luiz Ribeiro Ruano, dono da Papelaria Paulo Freire, em Sidrolândia. Além do dinheiro, foram recolhidos, em endereços ligados a ele, o celular do empresário, documentos e pen drives, que agora passam por análise.
Em entrevista ao Campo Grande News, Pedro Luiz disse não entender por que voltou a ser alvo da ação. “Um colega comentou que poderia ter relação com a Prefeitura de Miranda, mas eu mesmo não tenho nenhuma informação oficial. A última vez que vendi para lá foi há anos, em 2022, e não tive problema com o contrato. Só demorei a receber e até falei que nunca mais venderia para aquela prefeitura”, afirmou.
Sobre o dinheiro encontrado, ele explicou que não era dele. “Minha esposa me lembrou que havia esse valor no armário. Eu mesmo informei aos policiais e disse que era da minha cunhada, que está se separando. Há recibo de saque em nome dela e fiz questão de mostrar para não parecer que eu estava escondendo nada”, relatou.
O empresário contou ainda que foi surpreendido pela presença das equipes. “Saí de casa às cinco da manhã e, quando voltei, já estavam na porta. Pensei que fosse algum bandido, mas era a polícia com o mandado. Autorizei a entrada e deixei que eles fizessem a busca.”
Operação — A ação desta quarta-feira é desdobramento da Operação Tromper, deflagrada em 2022 para apurar um suposto esquema de fraude em licitações da Prefeitura de Sidrolândia. As investigações apontaram favorecimento a empresas em contratos de fornecimento de materiais de papelaria, informática e até fechaduras.
Na época, a Papelaria Paulo Freire, de propriedade de Pedro Luiz, foi uma das vencedoras de licitação para a troca de 5.314 chaves e fechaduras em prédios públicos e secretarias, em contrato de R$ 566,6 mil dividido entre três empresas. O Gaeco suspeita que parte dos certames era direcionada e que valores foram superfaturados, gerando prejuízo aos cofres públicos.
Além das diligências em Sidrolândia, a operação desta quarta-feira também cumpriu mandados em Campo Grande, passando pela empresa Infomaster Soluções em TI e Mobiliário Corporativo, localizada no Jardim dos Estados, pela Zornimat, na Avenida Afonso Pena, e ainda pela residência de uma funcionária, no bairro Jardim Panamá.
› FONTE: CG News