Durante quatro dias, o Parque de Exposição de Aquidauana foi palco da Expoaqui 2025, tradicional evento que contou com shows de artistas nacionais, rodeios e diversas atrações culturais.
O evento é realizado em parte com recursos do erário público.
A festa reuniu grande público, porém inferior ao do ano passado, mesmo assim movimentou a economia local, mas também gerou insatisfação entre moradores da região.
As principais reclamações dizem respeito à falta de comunicação prévia com os residentes sobre alterações no tráfego.
Ruas ao redor do parque foram interditadas com tubos de concreto, dificultando o acesso de moradores às suas casas.
Além disso, vias residenciais próximas foram transformadas em estacionamentos improvisados, sem qualquer tipo de organização ou aviso oficial.
Outro ponto de crítica recorrente é o excesso de ruído durante os shows, que frequentemente avançam até a madrugada.
O tema foi alvo de debate em programa jornalístico da Rádio Nova FM ANASTÁCIO 103,5.
Moradores — especialmente os que vivem próximos ao Parque de Exposição e ao Asilo São Francisco, que abriga idosos — relatam transtornos, noites mal dormidas e desrespeito aos limites de convivência.
A falta de fiscalização sobre os níveis de ruído e a ausência de diálogo entre os organizadores e a comunidade local reforçam a urgência de um debate mais amplo sobre a adequação do local para eventos de grande porte.
O crescimento urbano de Aquidauana transformou a região em uma zona residencial, o que demanda novos cuidados com a infraestrutura e o bem-estar dos cidadãos.
Especialistas, líderes comunitários e moradores defendem a necessidade de um projeto futuro para a construção de um novo espaço de exposições, que possa abrigar eventos como a Expoaqui sem causar prejuízos à qualidade de vida da população.
Entre as possíveis soluções sugeridas, estão:
A implementação de medidas efetivas de controle de ruído;
A instalação de sistemas de monitoramento de decibéis para garantir que os níveis sonoros respeitem os limites legais;
E a definição de horários específicos para eventos mais ruidosos, evitando impactos sobre moradores e os idosos acolhidos pelo asilo.
A cidade cresce, e com ela, cresce também a responsabilidade de equilibrar desenvolvimento, cultura e respeito à comunidade.