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Membros de facção davam suporte a grupo e aplicava punições a 'devedores'

Publicado em 07/11/2025 Editoria: Polícia


Dinheiro apreendido na operação Foto: MP MS

Dinheiro apreendido na operação Foto: MP MS

Investigação realizada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aponta que integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), davam suporte à organização suspeita de tráfico interestadual de drogas com ramificações em território sul-mato-grossense.

Os trabalhos resultaram na deflagração da Operação Blindagem, desencadeada na manhã desta sexta-feira (7/11) em Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Ao todo, são 35 mandados de prisão e outros 41 de busca e apreensão sendo cumpridos por determinação da Justiça.

Além do envio dos entorpecentes, a quadrilha é suspeita ainda de crimes como corrupção ativa e passiva, usura, comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de capitais.

De acordo com o Ministério Público, o suporte por parte da facção ocorria através de membros da alta cúpula e incluíam punições violentas a ‘devedores’.

“Foram constatados vínculos da organização criminosa com o Primeiro Comando da Capital (PCC), que fornecia suporte por meio de membros de sua alta cúpula, para ampliar o tráfico e aplicar punições violentas a quem estivesse em débito com o grupo criminoso”, explica o MP, que contou com a participação de policiais militares do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na execução da operação.

Ao longo das apurações, ainda segundo o relatado pelo órgão, foram identificadas práticas de extorsão mediante uso de arma de fogo, violência e restrição da liberdade de vítimas.

As investigações começaram a partir da apreensão do telefone celular do líder da organização criminosa, que utilizava o aparelho no interior de uma cela de presídio no interior do Estado.

Através disso, foi possível chegar a um esquema de corrupção a servidores públicos em troca de benefícios.

“Foi possível chegar a outra faceta do grupo, que é a corrupção de servidores públicos, que garantiam a ele o acesso a aparelhos celulares, informações sigilosas de sistemas restritos ao estado e, o mais importante, à permanência em presídios menores, no interior do Estado, de onde coordenava livremente as práticas ilícitas”, contou o Ministério Público. 

Operação

A operação deflagrada nesta manhã visa o cumprimento de 35 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Aquidauana, Sidrolândia, Jardim, Bonito, Ponta Porã e Corumbá, além de Porto Belo (SC), Balneário Piçarras (SC), Itanhaém (SP) e Birigui (SP).

As diligências em MS contam com apoio operacional de equipes do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais e Força Tática, todos da Polícia Militar, além da Agepen. A OAB/MS também acompanhou os trabalhos.

Blindagem

O nome da operação – Blindagem – faz alusão ao fato de que integrantes da organização criminosa, em razão da prática de corrupção de servidores, recebiam proteção durante o cumprimento de suas penas, garantindo, com isso, a permanência em unidades prisionais de menor rigidez no aspecto de segurança e também a transferência de internos que consideravam inimigos.

Além disso, recebiam informações privilegiadas sobre movimentação de presos e dados de acesso restrito em bancos de dados públicos.



› FONTE: Dourados News