Aquidauana está representada na missão técnica da Rota Bioceânica, realizada e custeada pelo Sebrae/MS e pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), com o apoio da Assomasul, que percorreu Paraguai, Argentina e Chile até o Porto de Iquique.
O município de Aquidauana foi representado pelo prefeito Mauro do Atlântico, pela primeira-dama Vera Lúcia Batista e pelo secretário municipal de Gestão Estratégica, Alexandre Périco.
A missão técnica, encerrada ontem (13) em Iquique, consolidou um importante movimento de integração entre Mato Grosso do Sul e os países que compõem o corredor rodoviário até o Oceano Pacífico. Mais do que uma viagem, o percurso foi um exercício de visão estratégica: compreender, na prática, como o novo corredor pode impulsionar a economia dos municípios sul-mato-grossenses e fortalecer o desenvolvimento regional.
Participaram da missão oficial representantes de 12 municípios que integram o Programa Cidade Empreendedora: Amambai, Anastácio, Aquidauana, Bela Vista, Brasilândia, Inocência, Itaquiraí, Jardim, Maracaju, Nioaque, Porto Murtinho e Ribas do Rio Pardo.
Durante nove dias de missão, as lideranças municipais percorreram cerca de 2 mil quilômetros, de Porto Murtinho (Brasil) a Iquique (Chile), passando por Paraguai e Argentina, com o objetivo de conhecer de perto a infraestrutura e as oportunidades que a integração com o Pacífico pode oferecer.
Na etapa final, Iquique se destacou como um exemplo concreto do potencial da Rota Bioceânica. Localizada na região de Tarapacá, a cidade chilena abriga um dos portos mais importantes do país e a Zona Franca (Zofri), considerada polo estratégico para o comércio internacional.
O prefeito Mauro do Atlântico destacou a importância da experiência para o planejamento do futuro de Aquidauana. “Participar dessa missão foi fundamental para que possamos visualizar as reais oportunidades que a Rota Bioceânica trará, aliada a construção da BR 419, ali na nossa região. Esse corredor abre um novo caminho para o desenvolvimento econômico, para o turismo e para o fortalecimento das cadeias produtivas locais. Estamos empenhados, motivados e comprometidos em preparar nossa cidade para aproveitar essas novas possibilidades”, afirmou o prefeito Mauro.
O secretário de Gestão Estratégica de Aquidauana, Alexandre Périco, também ressaltou o caráter técnico e prático da missão. “Durante todo o trajeto, pudemos perceber não só a questão logística desse corredor rodoviário, mas também as economias e os produtos de demanda que existem entre as cidades da própria rota. Então, não necessariamente, precisamos buscar apenas produtos destinados à exportação. Solicitamos ao Sebrae um levantamento de produtos específicos no entorno da rota para identificarmos oportunidades ainda desconhecidas”, explicou.
Em Iquique, os prefeitos foram recebidos por lideranças locais e representantes da Corporação de Desenvolvimento de Tarapacá, em uma agenda voltada ao fortalecimento de parcerias e à troca de experiências. O governador de Tarapacá, José Miguel Carvajal, deu boas-vindas ao grupo e ressaltou a importância da cooperação entre os países.
Segundo o diretor-superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, a missão técnica é resultado do processo de aproximação construído pela instituição com os países da rota. Em 2024, foi firmado um termo de cooperação técnica com a Corporação de Desenvolvimento Regional de Tarapacá e com o Sercotec, órgão vinculado ao Ministério da Economia do Chile, responsável por fomentar a sustentabilidade dos pequenos negócios.
Durante as visitas, as lideranças puderam conhecer a Zona Franca de Iquique (Zofri) — área com regime especial de incentivos fiscais que abriga centenas de empresas importadoras e exportadoras —, além do Aeroporto Diego Aracena e do porto da cidade, estrutura essencial para o escoamento de produtos de diversos países da América do Sul.
Ao encerrar a jornada no Chile, os participantes da missão técnica retornam com novas perspectivas sobre como transformar a Rota Bioceânica em oportunidades concretas, seja por meio da exportação de produtos regionais, do turismo integrado ou da atração de investimentos que aproveitem o potencial do corredor rodoviário.
› FONTE: Agecom
