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“Gente boa e experiente”: piloto morto em acidente levava o Pantanal até no nome

Publicado em 24/09/2025 Editoria: Cidade


Perfil de Marcelo no Facebook mostra imagem dele e do Pantanal. (Foto: Reprodução)

Perfil de Marcelo no Facebook mostra imagem dele e do Pantanal. (Foto: Reprodução)

“Era muito zeloso com o equipamento”, diz presidente do Instituto Homem Pantaneiro

Morto em acidente aéreo na região da Fazenda Barra Mansa, uma das locações de gravação da novela Pantanal, o piloto Marcelo Pereira Barros, 59 anos, se autointitulava “Marcelo Pantaneiro” e usava a rede social para expressar toda reverência pelo bioma. No Facebook, a foto de capa mostra a maior planície alagável do mundo vista de avião.

Numa postagem, feita em 13 de janeiro de 2022, postou vídeo da Serra do Amolar, uma das regiões mais exuberantes da região pantaneira, e escreveu: “O lugar mais incrível. Pantanal é onde há Paz”.

Marcelo Pantaneiro tinha vindo de São Paulo. Mas era bastante conhecido em Bonito, outra região turística, e morava em Aquidauana, a 141 km de Campo Grande. Ele deixa esposa e dois filhos.

“Era muito meu amigo. Eram 35 anos de amizade. Um cara muito bom. Pai de dois meninos, um de 26 anos e o outro de sete anos”, diz Jakson Vargas.

“O Marcelo era nosso amigo. Sempre vinha aqui em casa tomar banho. Ele trabalhava naquela região de Miranda, Aquidauana. E ia lá para o Pantanal. Fazia o turismo com os visitantes. Ele era muito gente boa”, afirma o artista plástico Altivo Barbosa de Souza Junior, que tem o Rio Formoso no quintal de casa, em Bonito.

“Era um piloto experiente, muito zeloso com o equipamento. Uma aeronave muito bem conservada, muito bem cuidada. Estava voando ali no Amolar, no Jofre [regiões do Pantanal], como um guia desse turismo aéreo. Sempre muito cauteloso, até nos surpreendem as condições em que aconteceram o acidente”, diz o presidente do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo.

O acidente aconteceu no final da tarde de terça-feira (dia 23). A aeronave Cessna Aircraft 175, com prefixo PT-BAN, fabricada em 1958, era do piloto. Os quatro ocupantes morreram: Marcelo, o cineasta Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, o arquiteto chinês Kongjian Yu e o documentarista Rubens Crispim Jr.

Segundo o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), os dois diretores e o arquiteto viajaram para o Pantanal no sábado (dia 20) para gravar documentário sobre as cidades-esponja. Eles voltariam para Campo Grande na terça-feira.

Há suspeitas de que o piloto tenha tentado uma arremetida, procedimento em que a aeronave interrompe o pouso para subir novamente. Pouco depois, o avião teria perdido altitude e caído, resultando em uma explosão imediata.



› FONTE: Campo Grande News