Motociclista morreu atropelado na BR-262, em Campo Grande, na quinta-feira (Foto: Juliano Almeida)
Apesar da campanha Maio Amarelo, conscientizar sobre a segurança no trânsito, os números alarmantes persistem
Mato Grosso do Sul registra 100 mortes no trânsito apenas nos primeiros meses de 2025. Os dados da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) revelam um cenário alarmante: até 17 de maio, cem pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas e vias urbanas do Estado, uma média de quase uma vítima fatal por dia.
O balanço aponta 23 mortes em janeiro, 22 em fevereiro, 23 em março, 16 em abril e outras 16 somente na primeira quinzena de maio. Campo Grande concentra o maior número de ocorrências, com 27 mortes, seguida por Dourados, que registrou 12 vítimas. Juntas, as duas cidades respondem por quase 40% do total de mortes no trânsito em Mato Grosso do Sul.
Diversos casos de grande repercussão foram noticiados ao longo do ano pelo Campo Grande News. Um dos mais trágicos aconteceu em abril, na BR-060, entre a Capital e Sidrolândia. Drielle Leite Lopes e seus três filhos, incluindo um bebê de cinco meses, morreram após colisão envolvendo três veículos, um deles pegou fogo após o impacto.
Outro acidente marcante foi o da caminhonete que capotou durante uma perseguição policial na MS-156, em fevereiro. O condutor, que transportava mais de 1,3 tonelada de drogas, morreu no local. Em março, a professora aposentada Sireunice Camargo Dorta, de 83 anos, foi atropelada por um caminhão em Dourados.
Em Campo Grande, o mês de maio começou de forma especialmente violenta. Nos três primeiros dias, quatro motociclistas morreram em acidentes distintos, evidenciando a vulnerabilidade de quem utiliza esse tipo de transporte nas vias urbanas.
A escalada de mortes ocorre mesmo durante o Maio Amarelo, campanha nacional de conscientização para a segurança no trânsito. Com o tema “Desacelere. Seu bem maior é a vida”, a edição de 2025 mobiliza ações educativas em escolas, empresas e por meio de blitzes na Capital. No entanto, os números indicam que a mensagem ainda encontra barreiras no comportamento de motoristas e demais usuários das vias.
› FONTE: Campo Grande News
