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Ameaça de massacre em escola de Aquidauana mobiliza a Policia Militar

Publicado em 13/05/2025 Editoria: Cidade


Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

Três adolescentes, com idades entre 14 e 16 anos, foram conduzidos à delegacia de Aquidauana na manhã desta segunda-feira (12), após a suspeita de envolvimento em uma grave ameaça de massacre dentro de uma escola estadual.

O caso acende um alerta preocupante sobre a crescente banalização da violência entre jovens — e mais do que isso, expõe a urgência de responsabilizar não apenas os menores, mas também seus responsáveis legais.

A denúncia partiu de uma professora, que, durante a aula, ouviu os alunos comentando sobre a criação de um suposto grupo com intenções violentas. Assustada, a educadora comunicou imediatamente a coordenação da escola, que não hesitou em acionar a Polícia Militar.

A equipe da Rádio Patrulha foi até a unidade de ensino e, ao chegar, foi recebida pela diretora, que relatou o ocorrido e apresentou os três estudantes envolvidos. Os adolescentes foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos, acompanhados pelos pais e pelo Conselho Tutelar. Nenhum deles apresentava lesões aparentes.

A ameaça, mesmo que não consumada, deve ser tratada com o máximo de rigor. A formação de grupos que cogitam atentados em ambiente escolar não pode ser minimizada como “brincadeira de mau gosto” ou “conversa de adolescente”. A sociedade não pode tolerar esse tipo de conduta e muito menos aceitar a omissão de quem tem o dever de educar e vigiar.

Neste contexto, cabe destacar que os pais ou responsáveis precisam ser responsabilizados civil e, quando cabível, criminalmente por atos dessa natureza. A Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente são claros ao determinar que é dever da família assegurar à criança e ao adolescente não só educação, mas também formação ética, social e emocional.

A escola, por sua vez, agiu com firmeza e prontidão, demonstrando compromisso com a segurança da comunidade escolar. Já as autoridades policiais darão continuidade às investigações para apurar as circunstâncias e eventuais desdobramentos.

Casos como esse devem servir de alerta: a violência dentro das escolas não nasce do nada. Ela é reflexo de ambientes negligenciados, da falta de limites e da omissão de adultos que deveriam exercer autoridade e cuidado. Prevenir tragédias começa dentro de casa. E quando isso falha, o poder público deve agir com rigor — inclusive contra os pais que lavam as mãos diante da conduta dos próprios filhos.

 



› FONTE: JNE