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'Foi tudo muito rápido', diz avó de bebê morto por pneumonia em Campo Grande

Publicado em 30/04/2025 Editoria: Capital


O bebê Théo Lopes Coronel, de 1 ano e 2 meses, morreu na tarde desta terça-feira (29), em Campo Grande, vítima de pneumonia. A avó do menino, Crislaine, relatou em entrevista ao TopMídiaNews que a doença evoluiu de forma rápida, mesmo após a família buscar atendimento em duas unidades de saúde da capital.

Segundo Crislaine, tudo começou na terça-feira (22), quando o bebê estava aparentemente recuperado de uma gripe anterior. "Ele estava ótimo, brincando, comendo, já tinha terminado o remédio da gripe. Na madrugada de quarta (24), teve uma febre de 38,9°C. Minha filha me ligou às 6h da manhã pedindo para levá-lo ao UPA, pois ele não havia dormido a noite toda", contou a avó.

Eles procuraram o UPA do Vila Almeida, onde Théo foi atendido, mas não foi solicitado raio-x, mesmo após insistência da família. "O médico auscultou e disse que o pulmão estava limpo, que era só continuar o novo remédio por cinco dias", disse Crislaine.

Mais tarde, por volta das 15h, o bebê começou a apresentar cansaço, respiração ofegante e fraqueza. A família então decidiu procurar o UPA do Coronel Antonino, onde sabiam que havia aparelho de raio-x.

"Lá, ele já foi identificado como um caso grave e passou na frente. O médico pediu raio-x e constatou que ele teria que ficar internado".

Théo ficou internado na própria UPA, mas a situação piorou na madrugada. A saturação caiu drasticamente, e os médicos decidiram entubá-lo por volta das 5h da manhã.

Não havia vaga nos hospitais da cidade, mas ele acabou sendo transferido ao Hospital Regional, onde permaneceu na área vermelha por algumas horas, até conseguir uma vaga no CTI (Centro de Terapia Intensiva).

"A gente esperou sair a vaga, e só no dia seguinte ele conseguiu ser transferido. Ele ficou seis dias internado, até ontem, quando teve uma parada cardíaca e morreu, na hora do almoço", relatou a avó emocionada.

Crislaine também relatou que na sala do CTI onde Théo estava havia sete outras crianças com o mesmo quadro clínico. Todas entubadas, diagnosticadas com bronquiolite, pneumonia ou H1N1.

"Tinha até um bebezinho de um mês entubado. É muito sério. O que para uns é só uma gripinha, para os pequenos pode ser mortal", alertou.

A família reforça o apelo para que os pais redobrem a atenção com os sintomas respiratórios em crianças e busquem atendimento o mais rápido possível. "Evita aglomeração, escola, creche... porque não é brincadeira. Só quem passa sabe o desespero que é", completou a avó.



› FONTE: TopMidia