Pintor foi levado à Santa Casa com ferimentos na perna; estragos da chuva são contabilizados
"Cair embaixo de um concreto desse jeito é nascer de novo". A fala aliviada é de Marinalva Kaiana Rondon, de 32 anos, esposa do pintor Lucas Ribeiro Maranhão, 29, que passava de bicicleta quando o asfalto do Lago do Amor desmoronou com a forte chuva na tarde desta terça-feira (18). O homem foi socorrido e levado à Santa Casa de Campo Grande.
Lucas voltava do trabalho pela Avenida Senador Filinto Müller, no sentido Bairro Pioneiros, quando ocorreu o acidente. Após o asfalto ceder, foi arrastado pela enxurrada, mas conseguiu se agarrar à vegetação e nadar até um local seguro. Funcionário de uma oficina próxima acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o resgate.
Nesta manhã, a esposa de Lucas retornou ao Lago do Amor e viu o estrago. A vendedora Marinalva Kaiana contou ao Campo Grande News que estava trabalhando no momento em que soube do acidente. A mulher relatou que ela e o marido moram próximos ao local de trabalho, então costumam ir e voltar de bicicleta.
"Nem dormi direito por conta disso, temos que nos apegar a Deus, porque ele nasceu de novo. Meu marido está bem graças a Deus, só teve escoriações, machucou mais a perna", afirma Marinalva.
Socorro - Dione Ribeiro Diniz, mecânico e testemunha do ocorrido, disse que o homem chegou à oficina completamente molhado, com ferimentos e sinais de fratura na perna, que sangrava intensamente. "Ele atravessou a rua pedindo socorro, tremendo de frio e dizendo que tinha engolido muita água. Fizemos um primeiro isolamento da perna e acionamos o Samu imediatamente".
Segundo o mecânico, Lucas estava em estado de choque e relatou que acreditava que sua vida terminaria ali. Durante o resgate, demonstrava preocupação com a bicicleta, que foi levada pela correnteza, assim como documentos pessoais, dinheiro e celular. Ele foi arrastado por cerca de 800 metros.
Estragos - A tempestade que atingiu Campo Grande na tarde de ontem causou diversos estragos por toda a cidade. A prefeita Adriane Lopes (PP) mencionou que nas duas horas a chuva correspondeu ao que deveria ocorrer em 15 dias. Ela assegurou que a administração está fazendo o possível e informou o número 156 para que demandas sejam informadas.
Sobre ações cotidianas, como reparos em vias, limpeza e roçada, apontou que é preciso estabilidade do tempo para intervenções, com prioridade no tapa-buracos nas regiões mais afetadas..
› FONTE: Campo Grande News
