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"Ele correu atrás de mim, mas consegui me esconder", diz sobrevivente de ataque

Publicado em 14/03/2022 Editoria: Polícia


Da esquerda para a direita, Crislaine Célia e a sobrinha, Mariane. As duas foram mortas por José Barbosa.

Da esquerda para a direita, Crislaine Célia e a sobrinha, Mariane. As duas foram mortas por José Barbosa.

Uma semana depois do ataque a tiros que terminou na morte de Crislaine Célia Martins, de 34 anos, e a sobrinha dela, Mariana Cristina Martins Fonseca, de 22, em Três Lagoas, a 327 quilômetros de Campo Grande, a sobrevivente conseguiu falar sobre o assunto. A jovem, que terá a identidade preservada, comemorava o aniversário no dia. "Ele correu atrás de mim, mas consegui me esconder", lembra.
 
Em entrevista exclusiva a televisão local, reproduzida pelo site JP News, a menina contou que é amiga de Mariana, com quem dividia uma casa. No dia do ataque, comemorou o aniversário com as amigas e foram almoçar na casa da tia de Mariana, Crislaine Célia, no condomínio Novo Oeste.
 
Foi o local que José Barbosa dos Santos, de 44 anos, invadiu armado. A jovem conta que o homem acreditava que as meninas estavam influenciando Célia a sair socialmente. “Ela nem tinha tempo para ter uma vida social, só trabalhava e cuidava dos filhos, na sua diversão era beber uma cervejinha na casa dela”, afirmou.
 
Na tarde de 6 de março, as jovens estavam sentadas na casa da Crislaine, quando José passou entre os blocos. Ela conta que nem se importaram com a presença dele, pois o homem vivia seguindo os passos da ex-esposa. Na hora do crime estavam, além das duas vítimas, mais cinco jovens e algumas crianças, incluindo a filha do casal, uma menina de quatro anos. "Mas de repente ele apareceu no meio da roda e sacou um revólver. Só vi a Cris pegando a filha de quatro anos e correndo para dentro do apartamento".
 
Depois de efetuar os disparos José ainda correu atrás da jovem, pois ele acreditava que era quem influenciava a ex. “Ele ainda correu atrás de mim, nisso a Mari correu para outro canto e, novamente ouvi mais disparos”, relatou a jovem. Emocionada, afirma que deseja Justiça. “Estou com muito medo, não consigo dormir a noite, e desejo que ele apodreça na cadeia”.
 
Ataque - Conforme boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para atender ocorrência de disparo de arma de fogo e quando chegou ao local, encontrou José na entrada do apartamento. Ele estava sentado numa cadeira, com a arma encostada contra a cabeça, dizendo que tinha atirado na ex-esposa, porque ela havia o traído. Confessou também ter matado a sobrinha que tinha sido cúmplice da traição.
 
Diante da situação, os policiais mandaram José soltar a arma para uma equipe entrar na casa e socorrer a mulher, momento em que o assassino disse: “Já está morta. Atirei na cabeça dela”.
 
A todo o momento, ele mantinha a arma apontada para a própria cabeça  e chegou a ligar para o irmão se despedindo. Na sequência, acionou o gatilho ao menos duas vezes, mas a arma falhou. Quando ele afastou o revólver na tentativa de verificar o motivo da falha, a equipe disparou na mão de José. O revólver caiu no chão e os policiais conseguiram imobilizar o atirador.
 
Crislaine foi assassinada com dois tiros na cabeça. Há 20 metros de onde José matou a ex-esposa, foi encontrado o corpo de Mariana. Ele ainda, conforme a polícia, tentou assassinar outras duas mulheres, de 26 e 27 anos, que conseguiram escapar. 


› FONTE: CAMPO GRANDE NEWS