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Croda acredita que pandemia pode caminhar para o fim ainda no 1º semestre do ano

Publicado em 23/02/2022 Editoria: Saúde


Uma das maiores referências brasileiras quando o assunto é a pandemia da covid-19, o pesquisador da Fiocruz e presidente da SBMT (Sociedade Brasileira de Medicina Tropical) Julio Croda acredita que o período pandêmico pode estar chegando ao fim.
 
Em entrevista ao jornal O Globo, o infectologista e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) explicou que ainda no primeiro semestre deste ano, a doença possa ter caráter "endêmico".
 
Croda avalia que a covid poderá ser registrada de tempos em tempos, mas com letalidade e incidência em menor escala, assim como ocorre em doenças como a gripe ou dengue. “Eu diria que estamos caminhando para o fim da pandemia e vamos entrar numa fase endêmica, com períodos sazonais epidêmicos, como já acontece com a gripe e a dengue, por exemplo.”
 
“Passar da pandemia para a endemia não significa que a gente não vai ter o impacto da covid-19 em termos de hospitalização e óbito. Significa que esse impacto vai ser menor a ponto de não ser necessário medidas restritivas tão radicais e eventualmente até a liberação do uso de máscaras, que é uma medida protetiva individual.”
 
Segundo ele, isso só é possível por conta do avanço da vacinação - que reduz, em geral, casos mais complexos da doença. “Isso se deve justamente pelo avanço da imunidade coletiva da população mundial. Estamos avançando muito mais às custas de vacinação do que da infecção. Ela foi a grande mudança de paradigma, que reduziu a letalidade da covid-19 de um número 20 vezes maior que o da influenza para duas vezes maior, nesse momento.”
 
Segundo o pesquisador, o que define o fim da pandemia e o início da endemia da covid-19 seria o quão letal o vírus é. “O grande marcador é a letalidade. Ou seja, quanto a covid mata. Esse vírus só vai matar menos se tiver alta cobertura vacinal. As pessoas que morrem, atualmente, fazem parte de três grupos: idosos muito extremos mesmo vacinados, pessoas com muita comorbidade e pessoas não vacinadas.”
 
“À medida que avançamos na vacinação, a tendência é reduzir essa letalidade. Foi assim com a influenza H1N1, quando surgiu a pandemia em 2009. Partimos de uma letalidade de 6% e isso foi reduzido para 0,1%.”
 


› FONTE: CAMPO GRANDE NEWS