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Fevereiro Roxo e Laranja: mês de conscientização sobre Lúpus, Alzheimer, Fibromialgia e Leucemia

Publicado em 10/02/2022 Editoria: Saúde


A campanha Fevereiro Roxo e Laranja é voltada para a conscientização e tratamento de algumas doenças. A cor roxa conscientiza sobre Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia. Já a cor laranja alerta sobre a Leucemia.
 
As cores laranja e roxo têm significados importantes, como o alerta, cuidado e conscientização, e por isso são usadas para chamar atenção para essas doenças que a população não tem muito conhecimento sobre os sintomas e consequências.
 
Apesar das quatro doenças serem distintas, elas apresentam em comum o fato de não possuírem cura e não serem transmissíveis. Entretanto, há tratamento qualificado e prolongado para cada uma delas, sendo importante que após o diagnóstico, o tratamento seja seguido de imediato, visto que as doenças podem ser controladas e, assim, proporcionar maior conforto e bem-estar possível aos portadores.
 
Confira a seguir mais informações sobre cada uma dessas condições.
 
Lúpus
O lúpus eritematoso sistêmico (LES ou lúpus, simplesmente) é uma doença autoimune de causa desconhecida, que pode afetar qualquer parte do corpo e que resulta em inflamação e dano tecidual.
 
A doença é bem mais frequente em mulheres do que em homens (9 para 1) e surge geralmente entre os 15 e os 50 anos de idade, sendo mais comum na raça negra. Predomina nos países tropicais, onde a luz solar é mais forte.
 
Há duas formas da doença: a discoide e a sistêmica. A forma discoide sempre é limitada à pele e a forma sistêmica pode afetar também órgãos internos e, por isso, costuma ser mais grave. Em alguns casos (cerca de 10%), o lúpus discoide pode evoluir para o lúpus sistêmico.
 
O lúpus cursa com períodos de inatividade, que podem durar anos. Ele não é transmissível de uma pessoa para outra. Suas manifestações variam muito em diferentes doentes. Há casos simples, que exigem intervenções médicas mínimas, e outros graves, com danos a órgãos vitais.
 
Os sinais e sintomas do lúpus eritematoso são muito variáveis e dependem da gravidade e localização das lesões. Em geral, eles são intermitentes, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os sintomas mais comuns são febre, mal-estar, inflamação nas articulações, nos pulmões e nos gânglios linfáticos, dores pelo corpo, manchas avermelhadas na pele e aftas.
 
Cerca de 30% dos pacientes sofrem de sintomas dermatológicos permanentes, enquanto 65% deles apenas sentem estas manifestações em momentos determinados. Alguns pacientes apresentam espessamento da pele ou manchas vermelhas. A mancha que atinge o nariz e as bochechas, em forma de asa de borboleta, é típica do lúpus.
 
O lúpus eritematoso não tem cura, mas seus sintomas podem ser controlados ou diminuídos por intermédio de medicações. É possível também tratar as complicações da doença. As infecções podem requerer antibióticos, a febre isolada pode ser tratada com aspirina ou anti-inflamatórios não-hormonais. Corticoides e imunossupressores podem ser indicados nos casos mais graves ou em fases de recrudescimento da doença. No caso de lesões cutâneas disseminadas é recomendado o uso de antimaláricos como a cloroquina.
 
Alzheimer
O mal de Alzheimer (ou doença de Alzheimer) é uma doença degenerativa, no momento ainda incurável, embora os tratamentos usados para tratá-la possam minorar os sintomas e melhorar a saúde, retardando o declínio cognitivo e controlando as alterações do comportamento.
 
O mal de Alzheimer é a principal causa de demência no Brasil em pessoas idosas. Atinge 1% dos idosos entre 65 e 70 anos, 6% aos 70 anos, 30% aos 80 anos e mais de 60% depois dos 90 anos.
 
Caracteriza-se por um curso inevitavelmente progressivo de perda das funções cognitivas e grandes alterações do comportamento, sobressaindo uma perda gradual da memória, que pode chegar a ser total.
 
Em cada caso o mal de Alzheimer tem características singulares, embora haja pontos comuns entre todos eles.
 
O sintoma inicial mais nítido é a perda da memória de curto prazo (dificuldade em lembrar fatos recentes), à qual se seguem a diminuição da capacidade de atenção, diminuição da flexibilidade do pensamento e a perda da memória de longo prazo.
 
Inicialmente os sintomas costumam ser confundidos com os problemas naturais do envelhecimento, mas com a progressão da doença surgem sintomas mais específicos como confusão mental, irritabilidade, agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem e desligamento da realidade.
 
Sintomas bastante comuns, já presentes em uma primeira fase, são a apatia e a desorientação no tempo e no espaço. A pessoa pode não saber onde se encontra, nem o dia, mês ou ano em que está. Com o passar dos anos, aumenta a dificuldade em reconhecer objetos e executar os movimentos apropriados para manejá-los. Muitas vezes pode saber o nome deles, mas não saber utilizá-los ou, ao contrário, pode saber usá-los sem conseguir dizer o nome deles.
 
Aos poucos vai ocorrendo uma diminuição do vocabulário e maior dificuldade na fala, com empobrecimento da linguagem, resumindo-se a frases curtas, palavras isoladas ou até mesmo deixando de existir. Progressivamente, o paciente perde a capacidade de ler e escrever.
 
Os problemas de memória pioram com o tempo e os pacientes podem deixar de reconhecer as pessoas que lhes são familiares. Aos poucos perdem a memória de longo prazo, as alterações do comportamento se tornam cada vez mais graves e começam as manifestações de irritabilidade, instabilidade emocional e de ataques inesperados de agressividade.
 
Em alguns pacientes pode surgir incontinência urinária.
 
Ainda não há uma cura conhecida para o mal de Alzheimer. Os tratamentos disponíveis até o momento visam desacelerar o curso da doença, assim mesmo sem muito sucesso. Alguns dos tratamentos sintomáticos utilizados estão voltados principalmente para a manutenção das funções intelectuais, qualidade de vida e atividade física.
 
Alguns sintomas secundários como a ansiedade, a depressão e os sintomas psicóticos, também devem ser tratados sintomaticamente com as medicações apropriadas. Além de seus efeitos próprios, os antidepressivos parecem retardar a evolução das demências.
 
 
Fibromialgia
A fibromialgia é caracterizada por dor músculoesquelética generalizada acompanhada de fadiga, prejuízo do sono e problemas de humor e de memória. Acredita-se que esta condição amplifica as sensações dolorosas, afetando a maneira como o cérebro processa os sinais de dor. As mulheres são muito mais propensas a desenvolver a patologia que os homens.
 
Os sintomas começam às vezes após um trauma físico, cirurgia, infecção ou estresse psicológico. Em outros casos, surgem gradualmente e se acumulam ao longo do tempo sem ter um evento desencadeante.
 
Embora não haja cura, uma variedade de medicamentos pode ajudar a controlar os sintomas. Exercícios físicos regulares, técnicas de relaxamento e redução do estresse também podem colaborar.
 
A dor é descrita como constante e parece acometer todo o corpo. Há uma dor adicional quando exerce-se uma pressão firme em áreas específicas, os chamados “pontos sensíveis” ou “pontos fibromiálgicos”. São 18 pontos simétricos.
 
As localizações incluem:
 
Região suboccipital (atrás da cabeça).
No músculo trapézio (em cima do ombro e nas costas).
Na região supraespinhal.
No pescoço.
Na articulação condrocostal (onde a segunda costela se insere no osso esterno).
Nos joelhos (principalmente na parte de trás dos joelhos).
Na região onde o fêmur se encaixa na bacia.
Na região glútea.
Do lado do cotovelo.
Pessoas com fibromialgia frequentemente acordam cansadas, apesar de terem dormido por longos períodos de tempo. O sono é interrompido pela dor e muitos pacientes apresentam outros distúrbios do sono, como a síndrome das pernas inquietas e a apneia do sono.
 
Muitos pacientes que têm fibromialgia também pode ter:
 
Fadiga
Ansiedade
Depressão
Endometriose
Dores de cabeça tensionais
Síndrome do intestino irritável
Distúrbios da articulação temporomandibular (ATM)
Em geral, os tratamentos para a fibromialgia incluem medicação para reduzir a dor e melhorar o sono. A ênfase está em minimizar os sintomas e melhorar a saúde geral. Podem ser usados analgésicos como o paracetamol e o tramadol, ou drogas antiinflamatórias não-esteroides (AINEs) como o ibuprofeno ou o naproxeno sódico.
 
Às vezes são necessários antidepressivos como duloxetina, amitriptilina ou fluoxetina. Consulte um médico. Só ele pode orientá-lo sobre o melhor tratamento para a sua condição.
 
Leia mais sobre a fibromialgia
Leucemia
A leucemia é um câncer que afeta a medula óssea, produtora de glóbulos sanguíneos, afetando as células brancas do sangue. As células anormais jovens passam a ser produzidas em tal profusão e com tal velocidade que podem suprimir a produção de células normais.
 
Há dois tipos clínicos de leucemias, classificados de acordo com as linhagens de glóbulos brancos afetados - as linfoides e as mieloides.
 
As leucemias linfoides afetam as células da medula óssea que originam linfócitos. São chamadas de leucemia linfoide, linfocítica ou linfoblástica.
 
As leucemias mieloides afetam as células que dão origem às plaquetas, eritrócitos e outros elementos encontrados do sangue. São chamadas mieloide ou mieloblástica.
 
Qualquer uma das duas pode ser aguda, caracterizada pela rápida proliferação de células imaturas do sangue e com quadro clínico que se agrava rapidamente; ou crônica, na qual os sintomas são brandos e vão se agravando gradualmente.
 
Os sintomas das leucemias são extremamente variáveis. Suas manifestações dependem da infiltração de células sanguíneas imaturas nos tecidos do organismo (como amígdalas, linfonodos, pele, baço, rins, sistema nervoso etc) e a ocupação da medula óssea com essas células sanguíneas imaturas, o que pode causar:
 
Uma síndrome anêmica (por diminuição das hemácias).
Uma síndrome hemorrágica (em virtude de uma trombocitopenia).
Uma síndrome leucopênica (diminuição de leucócitos normais).
Os sintomas experimentados pelo indivíduo serão, portanto, em graus e associações variáveis, próprios de cada uma dessas síndromes.
 
O tratamento das leucemias tem o objetivo de destruir as células neoplásicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. Isso é feito através de medicamentos quimioterápicos e, eventualmente, radioterapia.
 
Deve ser feito o controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e a prevenção ou combate à afetação do sistema nervoso central. Durante o tratamento o paciente recebe frequentes transfusões de hemácias e plaquetas. Mesmo depois de normalizada a contagem de células, o tratamento deve continuar por um ou dois anos para destruir completamente as células anormais residuais. Em alguns casos, um transplante de medula é necessário.


› FONTE: News.med.br