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Pesquisadores da UFMS relatam que Aquidauana precisa de medidas restritivas

Publicado em 02/08/2020 Editoria: Saúde


Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campus de Aquidauana, e das Universidades Federais da Grande Dourados (UFGD) e do Oeste da Bahia (UFOB) divulgaram um relatório técnico sobre a situação da Covid-19 na Microrregião de Saúde de Aquidauana (MS).
 
O documento analisa a situação da Covid-19 na Microrregião nas semanas epidemiológicas 28ª a 30ª e explica o início e evolução da doença, declarada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “O novo coronavírus foi identificado inicialmente pelo ano de origem como 2019-nCoV. Ele desenvolve, em uma parte dos seres humanos, a doença Covid-19 (coronavirus disease 2019), provocando, na espécie humana, uma síndrome respiratória aguda grave”, explicam os pesquisadores.
 
Uma das autoras do relatório, Eva Teixeira dos Santos (UFMS/CPAQ) conta que as conclusões do estudo técnico são importantes para as cidades envolvidas. “Com nível de alerta 4 em Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti e, em Nioaque, com nível de alerta 3, os municípios deverão permitir apenas deslocamentos e atividades essenciais, por pelo menos 14 dias. Só assim conseguiremos dar um fôlego para o Sistema Único de Saúde”, disse a pesquisadora.
 
Sobre o prazo de 14 dias, Eva esclarece que esse período é necessário para diminuir a circulação do vírus. “Com 14 dias, quem adquiriu o vírus hoje terá a condição de se curar, ou pelo menos de melhorar o quadro da doença e não circular o vírus. Precisamos diminuir a circulação do vírus no município e, para isso, medidas efetivas através de decretos do poder público precisam ser efetivadas, além de a própria população fazer sua parte, ficando em casa e evitando a circulação, fazendo somente aquilo que é essencial”.
 
A pesquisadora Eva também faz um alerta para a situação do Sistema Único de Saúde da capital do estado, fato que precisa ser observado na condução da pandemia em Aquidauana e região. “Precisamos fazer isso porque nosso sistema público de saúde não tem capacidade para todo esse atendimento. Campo Grande já está com seu nível de capacidade máxima no SUS e não está recebendo pacientes de outras cidades. Portanto, precisamos cuidar das nossas cidades”.
 
Já a pesquisadora Ana Paula Archanjo Batarce, uma das autores do estudo, afirma que os gestores municipais precisam agir de forma conjunta. “Aquidauana-Anastácio, especificamente, devido à proximidade, necessitam de ações conjuntas.
 
Além disso, com o aumento de número de óbitos em Aquidauana, assim como nos outros municípios nas últimas semanas, e a baixa capacidade de atendimento com leitos de UTI e respiradores no Hospital Regional de Aquidauana ‘Dr. Estácio Muniz’, o SUS entrará em colapso, crescendo ainda mais o número de óbitos.
 
Lembramos novamente que o hospital atende pacientes de outros municípios, considerando que Anastácio não tem leito de UTI e possui apenas um respirador, e os outros municípios dependem de Aquidauana. É necessário diminuir o número de casos urgentemente”, disse Ana Paula.
 
“Aliado ao relatório do Programa de Saúde e Segurança da Economia, o Prosseguir, a recomendação que fazemos hoje é de lockdown para os municípios com níveis de alerta 4, na Microrregião de Saúde de Aquidauana. Ou seja, é necessário um protocolo de isolamento mais rígido, que possibilite a recuperação da capacidade do SUS na região”, conclui Eva.
 
Pelo mesmo caminho, Ana Paula afirma que “é necessária a conscientização da população para que possamos achatar a curva de transmissão do vírus, possibilitando o atendimento igualitário para toda população e minimizando o número de mortes”.
 
Veja abaixo o relatório técnico elaborado:
 
 
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› FONTE: UFMS - Aquidauana