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Por não ter estrutura para guardar cadáveres, CG muda regras de sepultamento

Publicado em 17/08/2020 Editoria: Cidade


Para evitar corpos em postos de saúde, prefeitura muda regras para sepultamentos. Funerárias deverão funcionar até 24 horas e  sepultamento de vítimas da doença devem ser no mesmo dia
 
Com o número crescente de mortes por covid-19, que já está perto de 250 em Campo Grande, a prefeitura de Campo Grande mudou mais uma vez regras para sepultamentos de vítimas da doença.
 
Um dos motivos da alteração é um problema que começou a ocorrer com as mortes em postos de saúde, que não estrutura adequada para guardar cadáveres. Situação assim já ocorreu, por exemplo, no CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Tiradentes.
 
Em razão disso, nota técnica  publicada na sexta-feira (14), prevê que as vítimas da covid, mesmo que se trate de suspeita ainda, sejam sepultadas no mesmo dia do óbito.   Se não for possível, o corpo deve permanecer no local até que a funerária retire no dia seguinte.
 
Para isso, os cemitérios públicos e privados devem realizar os sepultamentos entre das 7h à meia-noite.
 
Caso o paciente venha a óbito em casa fora do horário de funcionamento dos cemitérios, a funerária deve fazer a retirada imediata do corpo e encaminhar para a capela do cemitério ou funerária para aguardar o sepultamento.
 
Apenas os agentes funerários poderão acessar o local da morte, vestindo roupas e equipamentos de proteção individual e o cadáver deve ser colocado em caixão de máxima proteção.
 
Ainda conforme a nota técnica, o número de profissionais presentes no sepultamento deve ser o menor possível e eles devem utilizar gorro, óculos, máscara cirúrgica, aventais e luvas descartáveis, durante toda e qualquer manipulação do cadáver.
 
Os demais EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) devem ser descartados após o uso nesses procedimentos, assim como todos os materiais utilizados em procedimentos que envolvam cadáveres suspeitos ou confirmados de óbito pela covid-19.
 
Preparo e transporte – o transporte do cadáver deverá ser feito com utilização de saco cadavérico para impedir vazamentos de qualquer liquido e o carro funerário deve passar por limpeza e desinfecção imediatamente após o transporte.
 
O contato com o corpo deve ser o menor possível, evitando manusear demais criando gases ou vazamento extra de fluídos do cadáver e o profissional deve usar a todo o momento EPIs. A parte de fora do caixão deve ser higienizada com álcool liquido 70%.
 
A tanatopraxia, embalsamento e formolização – práticas de conservação do cadáver - não poderão ser feitos, nos casos de suspeita e confirmação de covid-19. Em caso de exumação do corpo, os sacos cadavéricos devem ser descartados como resíduo contaminado.
 
Os profissionais que atuam no transporte, guarda do corpo e colocação do corpo no caixão, também, devem adotar as medidas de precaução, que devem ser mantidas até o fechamento do mesmo e os estabelecimentos funerários poderão armazenar temporariamente, restos mortais com suspeitas ou confirmados para COVID-19.
 


› FONTE: Campo Grande News