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No 10º júri, Nando se estapeia, chora e pede indenização por ser preso

Publicado em 23/08/2019 Editoria: Polícia


Nando, literalmente, arrancou os cabelos na manhã de hoje durante julgamento. (Foto: reprodução vídeo)

Nando, literalmente, arrancou os cabelos na manhã de hoje durante julgamento. (Foto: reprodução vídeo)

Sentado no banco dos réus pela primeira vez, Luiz Alves Martins Filho, o Nando, se estapeou durante o seu 10º julgamento, disse chorando que apanhou da polícia para confessar os crimes atribuídos a ele e vai pedir indenização por ficar preso. Até agora, Nando já foi condenado a 104 anos e 10 meses de prisão.
 
O 10º julgamento do réu acontece desde as 8h desta sexta-feira (23), Na 2ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum de Campo Grande. Os outros júris, Nando participava por videoconferência, pois fazia tratamento contra uma tuberculose. Até agora, Nando já foi condenado à pena de 104 anos e 10 meses.
 
Nando é julgamento pelo assassinato de Eduardo Dias Lima, 15 anos, que na época era conhecido por Eduardinho, no Bairro Danúbio Azul. O adolescente foi assassinado asfixiado com uma correia de máquina de lavar roupa em 2015 por furtar garrafas do réu.
 
Gritando e chorando, Nando disse ao juiz Aluízio Pereira dos Santos que não matou ninguém. “Eu falei que era eu, eu falei que era eu, eu falei que era eu...”. Nesse momento, ele começou a se estapear e continuou dizendo: “Eu falei que era eu que tinha matado todo mundo. Eu não matei ninguém. Se eu tivesse que matar eu ia matar a desgraça que matou a minha família e quem me colocou na cadeia por um estupro”, sem provas.
 
Entre frases desconexas, Nando afirma que vai pedir indenização por ficar preso. “Eu quero entrar com indenização por danos morais, por eu ter ficado preso, por não ter estuprado ninguém. Olha o estado que eu estou aqui no júri.”
 
No começo de junho, Nando foi julgado pela morte de Alex da Silva Santos, 18 anos, assassinado em 2016 na Rua dos Astronautas, no Jardim Veraneio. Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o jovem foi estrangulado pelo serial killer com uma correia de máquina de lavar roupas e depois foi enterrado clandestinamente no cemitério do Jardim Veraneio.
 
Nando é apontado como autor de uma série de assassinatos no bairro Danúbio Azul. As vítimas eram, pelo menos na maioria, jovens e mulheres envolvidas com consumo de drogas e inseridas em contexto de vulnerabilidade social. Nando é acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas, entre os anos de 2012 e 2016.


› FONTE: Campo Grande News