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Plano prevê recuperar lago do Parque das Nações Indígenas até fim de agosto

Publicado em 30/04/2019 Editoria: Infraestrutura


Bancos de areia em lago chamaram a atenção da sociedade. (Foto: Arquivo)

Bancos de areia em lago chamaram a atenção da sociedade. (Foto: Arquivo)

O assoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas, um dos principais cartões-postais de Campo Grande, deve ser solucionado até 26 de agosto, aniversário do município. Ao menos é o que prevê o cronograma de intervenções elaborado pelo Governo do Estado e a Prefeitura da Capital, que envolveu desde a identificação da origem do problema –notadamente vindo de dois locais– até a definição das responsabilidades na recuperação do espaço.
 
Com base nessas informações, técnicos do Estado e município trabalham, agora, para fechar detalhes das obras para revitalização do lago e prevenção para que o quadro não se repita. O problema, que atingiu seu ápice neste ano – com um banco de areia avançando o espelho d’água – tem origem em gestões municipais anteriores à de Marquinhos Trad (PSD), conforme o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
 
Pelo menos 90% dos danos são creditados a problemas vindos do sistema de drenagem da região norte da cidade. Na administração municipal de André Puccinelli, boa parte da pavimentação foi feita sem drenagem.
 
Por isso, as águas pluviais causam problemas há décadas naquela região. Em janeiro de 2012, por exemplo, a quarta das cinco barragens do Córrego Sóter –que recebe as enxurradas de bairros como Carandá Bosque, Margarida e Mata do Jacinto – estourou em meio aos temporais que castigavam a cidade, alertando para a necessidade de um plano de drenagem mais eficiente para aquela parte da cidade.
 
O projeto, que começou a ser finalizado a partir de 2018, incluiu novas redes de drenagem direcionando águas para o Sóter e, também, para o Córrego Réveillon – que nasce na região da Avenida Hiroshima, atravessa a Avenida Mato Grosso e segue para o Parque das Nações Indígenas, recebendo água de chuvas dos quase 190 hectares que, nos últimos anos, receberam asfalto em bairros da região norte.
 
“Antes essa água ia ‘diluindo’ a intensidade antes de chegar aqui, não havia pressão. O que deveria ter sido feito, e isso em gestão anterior à do Marquinhos, era começar a obra pela retenção dos sedimentos e de água. Não fizeram, optaram pelo asfaltamento primeiro”, afirmou o secretário. Como resultado, o Réveillon, ao longo do tempo, passou a transportar areia “lavada” das obras rumo ao lago.
 
A intensidade das águas pluviais é visível no Córrego: próximo à Avenida Mato Grosso, a área uma que deve abrigar um piscinão de contenção sofre com a erosão. Estruturas de drenagem instaladas ali foram danificadas em chuvas recentes.
 
“Enxugando gelo” – Porém, antes de chegar ao lago que sofre com o assoreamento, a areia transportada pelo Réveillon deveria ser contida em um segundo lago, construído no Parque das Nações Indígenas justamente para absorver sedimentos.
 
“É uma maluquice: este lago já não é mais lago. Aqui há uma estrutura de concreto para segurar a água e a areia. A ideia era ir acumulado e removendo. Aquilo subiu hoje e os sedimentos também precisam ser retirados”, disse. “Em certo momento o volume de areia foi tão grande que a estrutura encheu e a água passou por cima, carregando a areia para o lago principal”.


› FONTE: Campo Grande News