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Mãe que assistia padrasto abusar de filhos é proibida de falar com crianças

Publicado em 02/06/2021 Editoria: Cidade


Depois que quatro crianças, de 3, 4, 6 e 9 anos, foram retiradas da guarda dos pais, a Justiça decidiu impor mais restrições, proibido de visitar os filhos em abrigo. O acolhimento dos meninos e meninas foi feito em agosto do ano passado depois de longa investigação de maus-tratos e abuso sexual. A mulher responde a 8 ações judiciais envolvendo guarda e de medidas protetivas.
 
 
A família vivia em Inocência e é acompanhada desde 2017 pelo Conselho Tutelar. Conforme registrado em processo, as vítimas são uma garota de 3 anos e o irmãozinho de 4, filhos do casal, além de garoto de 6 anos e menina de 9, filhos somente da mulher.
 
Depois de vários aconselhamentos, idas e vindas, o órgão decidiu opinar pela destituição do poder familiar porque as crianças vinham sofrendo violência física e sequer andavam em condições básicas de higiene.
 
Uma das crianças, o menino de 6 anos, chegou a desenvolver úlcera crônica no local em que realizou uma cirurgia na coluna e não recebeu os cuidados necessários.
 
Ainda conforme os relatos das crianças, “em diversas ocasiões, no período noturno, quando as vítimas estavam dormindo, o pai/padrasto passava de cama em cama abusando deles”, consta no processo. A hora do banho também era “desculpa” para os estupros. Exame apontou que uma das meninas, a de 4 anos, tem rotura parcial do hímen (membrana que se rompe na primeira relação sexual).
 
A decisão de proibir as visitas da mãe, publicada no Diário Oficial da Justiça desta quarta-feira (2), veio da constatação que as crianças demonstram medo excessivo quando são perguntadas sobre o casal e depoimento do menino de 9 anos, que disse que a mãe assistia aos abusos cometidos pelo padrasto da porta, sem nada fazer para impedi-lo. “A manutenção da relação afetiva, nesse momento, não é saudável ao desenvolvimento psicoemocional dos infantes”, consta na sentença. 


› FONTE: CAMPO GRANDE NEWS