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MS declara situação de emergência no Pantanal por causa de incêndios

Publicado em 25/07/2020 Editoria: Região


A área queimada no Pantanal já ultrapassa 300 mil hectares, conforme o Ibama
 
As queimadas que atingem o Pantanal sul-mato-grossense continuam com focos incansáveis na região de Corumbá. Os incêndios que destroem a floresta acabou fazendo com que o Governo Estadual decretasse situação de emergência nesta sexta-feira (24). O decreto 80 foi publicado em edição extra do DOE (Diário Oficial do Estado).
 
A área queimada estimada pelo Ibama e o Prevfogo já ultrapassa 300 mil hectares, somente no Município de Corumbá. Isso provocou o aumento de atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde, por causa de doenças relacionadas à qualidade do ar, havendo registro de aumento substancial dos casos em coexistência com situação excepcional causada pela pandemia da Covid-19.
 
O município de Corumbá avalia que está no início do período crítico para incêndios florestais, com graves riscos ambientais referentes à perda de controle do fogo. Os incêndios acontecem em decorrência das condições climáticas extremas derivada da combinação de fatores indicativos de temperaturas acima de 30ºC, ventos superiores a 30 km/h de velocidade e umidade relativa do ar abaixo de 30%.
 
 
Além de previsão de anomalia de precipitação e temperatura para o mês de agosto de 2020, conforme prognóstico divulgado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
 
Conforme destaca o Decreto, o índice pluviométrico dos últimos anos determina o mais baixo nível do Rio Paraguai dos últimos 8 anos, apresentando cota atual de 1,62 m na régua de Ladário, sendo que o nível normal-médio é de 2,56 m para o mesmo local.
 
Isso tem resultado no secamento de grandes extensões de áreas que, historicamente, deveriam permanecer constantemente alagadas, fator que favorece a queima de turfa durante a propagação de incêndios florestais e dificulta a ação humana direta no combate às chamas, inclusive para acesso à água utilizada nesse combate, resultando na formação de novos focos de calor.
 
O nível mínimo do Rio Paraguai resulta ainda na impossibilidade de escoamento da produção mineral por hidrovia. A situação acarreta aumento de transporte de carga por via terrestre, e aumenta, consequentemente, a emissão de fumaça de origem fóssil.