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Coronavírus: como auxiliar idosos a manter o distanciamento social

Publicado em 10/07/2020 Editoria: Cidade


O Brasil possui algumas peculiaridades sobre a Covid-19 que têm intrigado a comunidade científica. No país, por exemplo, a mortalidade entre pessoas com até 35 anos de idade é 65% maior do que nos chamados países desenvolvidos que também foram atacados gravemente pela doença, segundo estudo do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) da Universidade de Paris. Este mesmo levantamento também apontou um número de óbito de mulheres brasileiras muito maior do que em países da Europa, onde a mortalidade foi predominantemente masculina.
 
Mesmo com essa diferença expressiva na base da pirâmide etária, a morte causada pelo novo coronavírus, seja no Brasil, seja em qualquer outra país do mundo, inflige, em sua maioria, a população idosa. Dados utilizados para realizar a pesquisa citada, indicaram uma taxa de mortalidade de 21,1 por milhão de habitantes entre homens com idade de 0 a 18 anos, ao passo que esse número é de 592 por milhão entre idosos do sexo masculino com idade de 65 a 69 anos, ou seja, um intervalo de apenas 5 anos.
 
Deste modo, torna-se de extrema importância que o distanciamento social seja realizado por toda a população, jovem ou idosa. Por óbvio que entre os maiores de 60 anos essa preocupação deve ser redobrada. Assim, o Comitê Estadual do Fórum do Judiciário para a Saúde do TJMS, sob a coordenação do Des. Nélio Stábile, considera que, por uma questão de cidadania e de solidariedade, a população mais nova deve auxiliar seus idosos a permaneceram o máximo possível em distanciamento social. Eis algumas dicas de como possibilitar-lhes ficar em casa:
 
- Controle o estado de saúde dele. Verifique se o idoso apresenta sintomas de Covid-19, como febre, tosse e dificuldade para respirar. Se o idoso mora sozinho, faça o mesmo, porém por telefone, de preferência. Se for visitá-lo, evite o contato físico e mantenha sempre uma distância segura;
 
- Se alguém na casa apresentar sintomas, evite contato físico. Intensifique todas as medidas de prevenção quando um membro da casa estiver com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus;
 
- Limpe e desinfete regularmente a casa. Em especial, se alguém da casa estiver saindo para atividades diversas, como ir trabalhar, fazer compras etc;
 
- Evite compartilhar objetos de uso pessoal. Copos, pratos, talheres e toalhas são exemplos de itens que devem ser de uso único e exclusivo de uma só pessoa;
 
- Assegure-se de que o idoso tenha um estoque de seus medicamentos regulares. Procure ter remédios de uso controlado ou contínuo em quantia suficiente para um mês inteiro. Isso evita idas constantes à farmácia ou a médicos;
 
- Siga as medidas de distanciamento social. Evite espaços públicos e compartilhados com muitas pessoas. Se vai ao mercado, peça para o idoso ficar em casa aguardando-o. Em caso de idosos que moram sozinhos, se ofereça, caso possível, para resolver em seu lugar o que ele precisa fazer fora de casa;
 
- Estimule-o a ter hábitos saudáveis. Consumir alimentos nutritivos, dormir o suficiente, não fumar, manter-se ativo e limitar o consumo de bebidas alcoólicas são comportamentos que devem ser reforçados;
 
- Faça um plano para o caso do idoso precisar ir a um serviço de saúde. A utilização de máscaras e a busca por meios de transportes diferentes do público devem estar no plano de transporte da pessoa idosa até o atendimento médico;
 
- Se o ente querido está em uma instituição de longa permanência, evite visitas. Use o telefone, chamadas de vídeo, e-mail. Qualquer meio não presencial para entrar em contato é válido para diminuir a sensação de abandono ou solidão que pode surgir no idoso;
 
- Seja gentil e demonstre empatia. Converse e escute-o com carinho e atenção. Com certeza, isso o ajudará a aliviar o estresse e a solidão.
 


› FONTE: TJ MS